Sabemos que a célebre viagem do povo israelita, sob a liderança de Moisés, do Egito a Canaã, tem um simbolismo hermenêutico extraordinário.
Na bíblia, o Egito (país riquíssimo nos tempos antigos) simbolizava as benesses que o mundo nos oferece. Tais benesses têm o sutil objetivo de nos fazer desprezar e esquecer que existe outra terra, que nos aguarda, e que produz leite e mel, mas que dista do Egito 40 anos a pé, tendo que atravessar o mar, os desertos, e escalar fragosos penhascos.
No relato histórico daquela insólita viagem que durou 40 anos a pé, vêm à tona diversas figuras de hermenêutica, que constituem rico material para o hermeneuta dissecar e, destarte, dar a segura interpretação da Palavra de Deus. Vemos, então, figuras como: O Egito, que representa o mundo e suas riquezas, verdadeiro engodo à alma; o mar, que representa o pecado, um dos maiores obstáculos que nos confronta e impede que cheguemos à terra santa, a nossa Canaã; odeserto, que representa a ausência do conforto com que o mundo nos acena, no afã de desviar-nos de Deus. Há, ainda, entre tantas outras figuras, aquela que nós denominamos de “As Águas de Mara”.A referência a esta passagem está no Livro de Êxodo.
“Então chegaram a Mara; mas não puderam beber as águas de Mara, porque eram amargas: por isso chamou-se o seu nome Mara. E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: Que havemos de beber? E clamou Moisés ao Senhor, e o Senhor mostrou-lhe um lenho, que, lançado às águas, tornou-as doces” (Ex. 15:35-25).
A excelsa figura de hermenêutica, aflorada neste artigo, é o lenho, que representa o Senhor Jesus Cristo. Se o homem apossar-se desse lenho e o lançar nas “águas amargosas” deste mundo, essas águas tornam-se doces. Potáveis.
As águas amargas representam as aflições deste mundo; representam as nossas ansiedades; representam os nossos sofrimentos, produzidos pelas terríveis vicissitudes que o mundo, em sua estonteante loucura, produz para nos assaltar; representam, enfim, a ausência de paz. Mas Jesus é a nossa paz. Ele é o príncipe da paz (Isaías 9:6).
Tendo em vista que nós vivemos no mundo material, o nosso pensamento se fixa nessa esfera, indefectivelmente. Daí, o apego à matéria, e a conseqüente dificuldade que temos para nos voltarmos para o mundo espiritual, que é o nosso verdadeiro mundo. Só que, no mundo material, “as águas são amargas”. E só há um meio de torná-las doces: É “inserindo” Jesus em nossa vida.Você pode até ter um estrutura econômica abastada; pode ter muito dinheiro no banco; pode possuir muitos imóveis; pode inclusive gozar de boa saúde. Todos esses fatores deveriam lhe servir para que você gozasse paz e alegria de viver. Entretanto, o que mais nós vemos é pessoas abastadas e saudáveis, em completo estado de infelicidade. Com as riquezas do mundo você pode construir suas mansões; divertir-se nos cassinos da Califórnia; beber wyski com seus amigos, etc. Você pode tudo isto, mas não pode, com toda a sua riqueza, comprar a paz que só Jesus pode dar. Ele disse: “A minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá”.
Eis que Jesus nos falou muito claramente: “Quem beber desta água tornará a ter sede, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede” E, antes de ir para o Pai, disse-nos mais: “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”.
Quer Saber mais sobre o assunto? ouça abaixo esta pregação ministrada pelo Pr. John Rocha na Radio Eterna Gratidão!
