Costumes Hebraicos Parte 01

26/08/2011 16:48

 

Costumes Hebraicos

 

INTRODUÇÃO

Para tratar com todos os “Costumes Hebraicos”, seria necessário começar com a chamada de Abraão. .

1.    A aliança com Abraão e os seus descendentes.

2.    A lei (Aliança Mosaica – condicional) (3 partes: moral,  cerimonial, social).

3.    O Sábado (sua origem, seu desenvolvimento, hoje em dia).

4.    O tabernáculo.

5.    Os sacrifícios.

6.    O sacerdócio.

7.    As festas (Bíblicas / Extra Bíblicas).

8.    O templo (os templos).

9.    A sinagoga.

10.  As divisões em judaísmo.

11.  A Bíblica.

12.  O Talmud (A Mishna, A Gemara, A Kabala)

Os “Costumes Hebraicos” que foram observados estritamente antigamente, passaram por várias modificações até que hoje em dia há uma grande diferença  na observação destes costumes.

Alguns Costumes Hebraicos em detalhes :

1)  O Sábado.

2)  A Circuncisão.

3)  Casamento
4)  As Leis Dietéticas (Kosher).

5)  Bar Mitzvah (Confirmação como filho da lei).

6) Símbolos de Judaísmo (Estrela de Davi, Tefillin, Tallith,  etc...).

7)  A Sinagoga.

8)  As festas de Israel (Bíblicas e extra-bíblicas).

 

1)  O SÁBADO

O que mais distingue Israel e o povo judeu das nações  é a observação de Sábado.

Então, o estudo de Sábado merece o mossa consideração. Vamos considerar a:

Sua Origem

A primeira menção de Sábado ou o sétimo dia  e acha em Gênesis 2:2 –3. A Bíblia nos ensina que Deus santificou o sétimo dia e descansou de toda a sua obra com Criador nesse dia. Então, é bem claro que Deus santificou o sétimo dia para comemorar sua obra de criação. Êxodo 20:11. O povos antigos tinham o costume de observar os sábados, especialmente em Babilônia. Eles observaram os dias 7, 14, 19, 21, 28 de cada mês. Até o rei não podia fazer certas coisas no dia que eles chamaram sabatu. Mas em babilônia foi ligado com astrologia mais do que qualquer idéia de agradar Deus. Dia 19 foi observado também porque  19 adicionado com os 30 dias do mês anterior em 49 ou 7 x 7 o número sagrado.

Sábado e a Nação de Israel

Conforme o ensino em Êxodo 16:23-29, o Sábado já era uma  instituição, pelo que, quando os dez mandamentos forma transmitidos, o Sábado não foi proposto como se fosse uma nova Lei

Embora que a idéia de observar os Sábados foi comum antes da Lei, eu orei – que os seu detalhes específicos foram estabelecidos pela primeira vez no – conteúdo da Lei que foi entregue no Sinai para Israel. É importante notar – que a Lei, inclusive o Sábado, foi dado só a Israel. Êxodo 20:8-11. Em hebraico a palavra Sábado é shabbat: e significa: Cessar ou Descansar. Era para ser principalmente um dia de descanso de todo o trabalho e de todo um dia dedicado a renovação Espiritual e Adoração a Deus. Isto era o propósito do Sábado. A próxima menção do Sábado se encontra em Êxodo. 31:12-18. Aqui, vemos a importância  do Sábado na vista de Deus. Deus obrigou Israel a guardar os seus sábados com pena da morte se profanarem. Era para ser sinal entre Deus e Israel e como uma aliança perpétua em suas gerações.

A ordem era guardar os sábados vem repetida muitas vezes no Antigo Testamento.

Levitico 16:31; 19:3 e 30; 23: 3,  11, 15-16 , 32, 38;  24:8; 25:2, 4, 8; 26:2, 34-35, 43; etc.

Será que Deus mataria alguém só por trabalhar um pouco no dia de Sábado? Vejamos o que aconteceu com um homem que violou o Sábado. Números 15:32-36.

O Seu Desenvolvimento

Os judeus observavam o Sábado de um modo geral. Não trabalhavam e dedicavam o seu dia para adoração do Senhor. Mas o descanso não era estritamente ou rigidamente observado. O povo viaja percorrendo a terra. Eles passavam sem as – restrições que vieram mais tarde. De fato a observação de Sábado degenerou tanto que foi um das maiores razões porque deus permitiu Nabucodonozor de atacar vencer Israel. (Jeremias 17:19-27).

Em Babilônia

Os judeus começavam a dar mais ênfase sobre o Sábado de que nunca. Alguém  tem uma idéia  sobre o porque? Respostas: Em Babilônia foram despojados de seu templo e dos sacrifícios e da sua adoração cerimonial. Surgiam homens, tais como Esdras e Neemias que queiram obedecer os preceitos de Deus. Os preceitos como circuncisão e o Sábado podiam ser observados. Sendo assim, é claro, o porque circuncisão tornaram-se os primeiros símbolos de judaísmo. Podemos ver um grande contraste entre os que foram levados em cativeiro com os que foram na terra em relação ao Sábado. Vejamos o que Neemias encontrou quando voltou a Jerusalém. (Neemias 13:15-22).

Em Jerusalém no tempo de Cristo.

Um sacerdote, ficando na torre do tempo tocou a trombeta como o sinal de cessar o trabalho e começar o Sábado descanso. Nas outras cidades, um judeu no teto da sinagoga tocou sua trombeta seis vezes!

A Primeira vez:  para os obreiros no campo ao redor de cessar os trabalhos.

A Segunda vez: as lojas na cidade fecharam-se.

A Terceira vez:  avisou as senhoras da casa para tirar as panelas dos fogões e – embrulhá-las para preservar a comida quente, e para acender as velhas no Sábado. Depois veio um intervalo e a trombeta foi tocada três vezes em sucessão,  rapidamente que significava o começo do Sábado. Não era lícito para o trombeteiro levar a sua trombeta em baixo. Havia de deixá-lo no teto até a cessão do Sábado.  

Na Idade Média (Medieval).

Durante esta época o Sábado foi uma ilha de descanso no mar de perseguições. Os judeus só tinham repouso e descanso no Sábado com sua família. Sexta-feira, cedo faziam uma limpeza da preparação para o Sábado. Usavam a mais bonita toalha sobre a mesa, e o melhor de tudo foi empregado naquela noite. Depois de jantar a família cantou z’miros – canções da mesa, honrando o Sábado, e compostas pelos poetas. Foi o costume de convidar uma visita para jantar especialmente um sábio que podia dar uma interpretação de um estudo na Tora. A comida mais providenciada era peixe ou ganso, bem temperado. Um tipo de pão especial foi feito para o Sábado, chamava-se challoth (challos) pão de Sábado.

Nos Tempos Modernos 

Foi introduzido o costume de Kabbolas Shabbot ou Saudação a Rainha que era o Sábado. Certos judeus piedoso se vestiram com a roupa mais fina que tinham e fizeram uma procissão  fora da cidade  para saudar o Sábado, cantando salmos e terminando com “venha a noiva, venha noiva!”. Um  dos mais famosos canções até hoje o D’choch Dodi que significa.... venha amigo encontrar a noiva.  (Foram  Kabbalistas que introduziram estes costumes). A Senhora da casa faz a cerimonia de ascender as velas, cobrindo os seus olhos com as mãos e recitando a bendição ou benção. O pai e os filhos cantam Shalon Alcichem. Como saudação aos 2 anjos que acompanham cada judeu da sinagoga até em casa. O pai recita ultimo cap. de Provérbios horando as esposa. O pai lia também o Tora, 2 vezes em    hebraico e 1 vez aramaico. Há uma herança popular que as almas em Genhenna recebam descanso durante o Sábado de mas quando o sábado terminar  precisam voltar a Genhenna. A maioria dos judeus pensam que  o descanso do Sábado rigidamente observado pelo Esdras e Neemias e outros foi preservado somente porque a circunstâncias eram favoráveis. Mas desde as modificações do século  19 foi impossível observá-lo rigidamente. Um judeu Sr. Hayyim Shaues, autor  do livro Jowish festival disso: as invenções revolucionaram comércio e industria numa maneira que transformou a vida econômica. Também a influência dos cristãos observando Domingo deixou com que os judeus não pudessem continuar observando Domingo deixou com que os judeus não pudessem  continuar observando o Sábado como antigamente. Somente os ultra-ortodóxos continuam tentando observar o Sábado rigidamente. Hoje em dia, a maioria dos judeus não o observe estritamente. Sr. Hayyim pensa que os judeus devem modificar as restrições, mais ainda continuar a observar o Sábado. Ele empregou a expressão, “precisamos por o novo vinho em garrafas velhas.” Conforme o ensino de Números 28:9-10, é o impossível até para os ortodóxos observarem o Sábado segundo a Lei. Não tem templo, nem o sacerdócio. Eles estão tentando observar o sábado como Talmud exige e não como a Bíblia. E a maioria dos judeus não conhecem nada do Talmud. O Talmud  dá 1.521 regras sobre o Sábado.

O ano júblilo teve início ao completarem 7 anos sabátisticos. (49anos). Levítico 25.

O número de 7 é sagrado e os rabinos falam em 7 milênios divididos assim:

1. 2000 de Adão à Abraão.
2. 2000 de Abraão a destruição do templo em 70.
3. 2000 da destruição do templo até a vinda do Messias.
4. 1000 e milênio sabático sob o reino do Messias.

Há uma coincidência com a esperança dos crentes !

Sábado x  Domingo

Sábado tem uma aplicação para crentes?
Domingo foi a invenção de um papa como alguns dizem?
Lembre-se da acusação dos fariseus contra o Senhor Jesus e os seus discípulos? (Mt 12: 1- 8).

A questão de sábado e a circuncisão e a lei é resolvida para o crente pelo ensinamento do N.T.  (Col. 2:11; 16-17; Galatas; Romanos).

1.   O sétimo dia comemora a obra de criação. (Gen. 2:1-3).

O primeiro dia comemora a obrada redenção. (Mat. 28:1-6)

2.   O Sábado era o sinal da aliança de Deus como o seu povo, Israel. (Êxodo 31:13)
Domingo significa a comunhão entre a Igreja e o seu Senhor ressurreto. (Atos 20:7) 

3.   A observação do Sábado foi obrigatória com a pena de morte. (Êxodo 31:14). 
A observação do Domingo não é obrigatória, é voluntária.

4.     O Sábado era a parte essencial da dispensação da lei mosaica.
O Domingo e representativo da dispensação da graça.

É verdade que o rei Constantino  instituiu a lei de Domingo em 321 mas isto não muda o fato que os crentes desde os dias dos apóstolos já tinham observado o Domingo. Já pensou no problema dos hebreus cristãos em Israel. Sábado é o dia legal para descansar e adorar. Domingo é um de trabalho como qualquer outro. Vai condenar o hebreu cristãos por trabalhar Domingo  e adorar no Sábado?

 Qual deve ser nossa posição? Romanos 14:1-12  (vs. 5,6).

2) A CIRCUNCISÃO

Como no caso de observar Sábado, muitos povos antigos observaram também o rito de circuncisão. Em sua significação original pode ter sido uma espécie de reconhecimento religioso  associado  aos poderes da reprodução humana; parece ter servido também de distintivo tribal.

Essa é uma das muitas instâncias do método de Deus apropriar-se de uma prática, já existente, dedicando-a para Seus próprios propósitos. Porque  a circuncisão tornou-se uma  pedra de toque do judaísmo posterior.

Agora por diante nós vamos considerar a circuncisão só em relação ao povo de Israel. Vamos estudar:  

A História

Depois de concerto que Deus fez com Abrão, ele exigiu que todos os descendentes machos de Abrão fossem circuncidados. Era para ser o sinal da aliança entre Deus e Israel.   Até os forasteiros entre o povo foram incluídos. Se alguém desobedeceu foi cortado do povo de Deus por ter quebrado a aliança. (Gen. 17:9-14).

O mesmo capítulo registra a obediência de Abrão. Foi circuncidado, melhor circuncidou  assim mesmo e o seu filho, Ismael e todos os outros machos na sua casa. Abrão tinha 99 anos e Ismael 13 nos.  (Gen. 17:23-27).

No tempo de Moisés, depois da saída do Egito, Deus disse a Moisés que seria obrigatório observar a pessoas em todas as suas gerações. Deus esclareceu que ninguém pode comer a páscoa se não fosse circuncidado.  Mas escravos estrangeiros puderam se tinham sido circuncidados. No caso do escravo foi obrigatório mas o estrangeiro que era hóspede havia de escolher, não foi obrigatório. (Êxodo 12:42-48).    

Lembre-se que o costume de observar o Sábado foi posto ao lado pelos judeus durante a jornada no deserto. A observação de Sábado degenerou. Aconteceu também com o costume  de circuncisão. Mas ao entrar na terra prometida, Deus mandou Josué circuncidar todos que não foram circuncidados no deserto. (Josué 5:1-9).

Desde então hoje,  os judeus observam o ritual de circuncisão rigidamente. De fato, levaram em contemplo (desprezaram) os que não foram circundados.

Como podemos ver nas atitudes dos:

1.    Pais de Sansão.  Juízes 14:3.  

2.    Sansão mesmo.  Juízes 15:18.

3.    Jonatas. I Samuel 14:6.

4.    Israel em geral (Jerusalém). Isaías 52:1.

“Nenhum incircunciso entrará na cidade de santa”. Jerusalém no milênio?  

Existiam exceções entre o povo judeu. Por causa de perseguições e desprezos, alguns queriam desfazer sua circuncisão, por meio de um  operação cirúrgica.  Aconteceu sob as perseguições de Antíoco que prefigurou o anti-Cristo com a abominação de desolação.

Paulo avisou aos Hebreus  cristãos para não desfazerem sua circuncisão simplesmente por que tinham aceito Jesus. (I Cor. 7:18-19).

A CERIMÔNIA

A cerimônia em cortar e prepúcio com uma faca ou com uma pedra aguda. Normalmente pertencia ao pai da família fazer mas até uma mulher podia (como no caso da esposa de Moisés quando ele tinha esquecido de circuncidar o seu filho). Êxodo 4:24-26 ; Lev. 12:3.

Mas um gentio nunca pode, era de caráter estritamente religioso

O SIGNIFICADO

A corrupção de pecado geralmente manifestou-se com a degeneração na vida sexual . Então a santificação da vida foi simbolizada pela purificação de órgão sexual  pela qual vida reproduzida. Deus exigiu pureza entre e seu povo e circuncisão tornou-se o sinal externo da aliança entro Israel e Deus.

Figurativamente  falando, circuncisão simboliza a pureza de coração.  (Deut. 10:16; 30:6; Lev. 26:41; Jer. 4:4; 9:25; Ezeq. 44:7).

ENTRE OS JUDEUS HOJE

Borith Me’ilah – o pacto de circuncisão.

O pai da família não a faz hoje. Um homem chamado, o Me’el, especializado faz o rito da circuncisão. A pessoa que segura a criança durante o ritual é chamada o sandek  (god-father = padrinho). A criança é colocada numa cadeira especial a cadeira de Elias. A tradição é que assim a criança, será curada mais rápido. Todos ficam em pé durante o ritual. Depois há uma festa em casa. Se realiza ainda no oitavo dia.  Por que no oitavo dia? Porque Deus mandou! Sugestões: ligado com o número 7. Sete dias completos, o novo ciclo começou  com o oitavo dia e a criança entrou na aliança com Deus. Foi suposto antigamente que a criança não possuía sua experiência própria até no oitavo dia. Pessoalmente, creio que Deus tinha razão no sentido físico e também no sentido espiritual. (oitavo significa coisas novas, vida espiritual etc...). Cientificamente foi provado que no oitavo dia a coagulação é mais rápida.

CIRCUNCISÃO E A IGREJA

A epístola aos Gálatas nos revela que alguns judeus seguiam  o apóstolo Paulo em suas jornadas missionárias, cuja finalidade era par perverter o evangelho que Paulo pregava e pro os novos convertidos sob a lei de Moisés exigindo circuncisão. (Gal. 1:6-7). Os novos convertidos em Galácia estavam a insidiosa sugestão destes mestres judaizantes. Paulo escreveu a epístola para convencê-los da sua emancipação espiritual, e para enfatizar que fé em Cristo era suficiente para a salvação. A transição do judaísmo para o cristianismo foi um processo lento. Houve fariseus que creram  (Atos 15:5) e alguns desses ensinavam que, antes de um gentio poder tornar-se Cristão, era lhe necessário tornar-se primeiramente judeu, submetendo-se à circuncisão e observando a lei judaica, tanto moral como ritual. Paulo frisa de modo muito agudo que salvação é pela fé sem lei, sem circuncisão. Ele usa o próprio Abraão, como o crente típico, justificado, pela fé e não pela observação de regra qualquer. (Gal. 3:6-9) cf. (Rom. 4:1-14); (Gal. 3:17-19). Paulo apelou para que eles permanecessem na graça e na liberdade de Cristo. Ou a lei, ou Cristo não os dois. Como um mulher foi desobrigada da lei do seu marido por causa da morte, mesmo assim os crestes em Cristo já tendo morrido relativamente à lei, são desobrigados da lei. (Rom. 7:1-6). A questão foi tão que foi levada aos apóstolos em Jerusalém. Conclusão : os gentios não tem com a lei. (crentes). (Atos 15:1-21 e 28-29). Mas até eles não perceberam que nenhum crente (hebreu ou gentio) foi obrigado à lei.  Segundo o N.T. existe uma circuncisão cristã. Todos os crentes já são circuncidados. Foram circuncidados não fisicamente e sim espiritualmente quando arrependeram-se o receberam Jesus como o seu Salvador pessoal (Col. 2:11).

Vejamos o contraste: a circuncisão fisicamente representa o que nos aconteceu. A circuncisão física era um certo da carne: a circuncisão espiritual é da mesma sorte uma operação pela qual é cortada toda a natureza carnal, descrita aqui como o despojamento do corpo da carne. (Col. 2:11 cf. Rom. 6:3-4; ICor. 12:13). Aconteceu a nossa circuncisão Espiritual quando nos fomos batizados pelo Espírito Santo no corpo de Cristo. Um símbolo da nossa identificação com Cristo na sua morte, não seu sepultamento e na sua ressurreição é o batismo. (Col. 2:12; Rom. 6:3-4).

 

3)  CASAMENTO 

1.    A Lei civil do país deve ser observada em primeiro lugar.

2.    A cerimônia tradicional depois.
 

A presença de um Minyon (grupo de 10 judeus) é o mister. Isto é a maneira de enfatizar que o casamento não é importante só para a vida do casal mas também é considerado importante para a comunidade. Antigamente a comunidade ajudava generosamente para as coisas

materiais para os noivos.

Na época é licito escolher para si mesmo sua noiva ou noivo mas antigamente não era assim. Cabia aos pais escolherem. Lembrem-se os exemplos Bíblicos como no caso de Abrão, Isaque etc... (Gen. 24 e Gen. 28).

Os símbolos tradicionais ligados com o casamento são:

 

a. A Chupah:          

(em português chama-se pelos vários nomes tais como: pálio, dessel, baldaquino e pavilhão). Não sei qual entre eles é o mais comum mas vou chamar de chupah como a pavilhão. Os noivos ficam em pé sob o chupah durante a cerimônia.  Esse pavilhão é feito de material muito fino de alta qualidade. Simboliza real porque os noivos são considerados como rei e rainha no dia do seu casamento.

 

b. O Anel:    

Pode ser de ouro ou de prata mas deve ser muito simples. Simples para minimizar a diferença entre noivos pobres e noivos ricos. Tipicamente também a tradição judaica de igualdade. Na minha experiência já vi muitas senhoras judaicas usando os seus anéis mas também usando ao mesmo tempo anéis com muita jóias ou pedras caríssimas. Aparentemente, as judias não aguentavam ficar só com um anel simples. O anel simboliza a perfeição eterna. (Seja santificada a mim pela lei de Moisés e Israel).

 

c. O Documento do Casamento:

Depois de colocar o anel  é lido esse documento de casamento que se chama o Ketubah. É o contrato das obrigações  mutuais entre o casal.

 

d. O copo de vinho:

Os noivos bebam do mesmo copo no princípio da cerimonia e mais uma vez no fim. Antigamente usavam dois copos. O primeiro para simbolizar a vida de alegria, e o segundo significava a vida de sacrifícios. Bebendo juntos significava o destino comum do casal.  

 

e. Quebra do copo:
A cerimônia está concluída quebrando o copo. O noivo quebra o copo pisando nele. Simboliza várias coisas:

1.       Faz lhes lembrar a destruição do templo.

2.       Faz lhes lembrar que a vida é frágil e transitória.

3.       Foi também para assustar os espíritos malignos, expulsando-os porque demônios tem ciúmes de qualquer alegria humana.

f. A benção sff. Benção sacerdotal:
Essa benção profunda se encontra em Números 6:24-27.

“O SENHOR TE ABENÇOE E TE GUARDE: O SENHOR FAÇA RESPLANDECER O SEU ROSTO SOBRE TI, E TENHA MISERICÓRDIA DE TI: O SENHOR SOBRE TI LEVANTE O SEU ROSTO, E TE DE PAZ.” 

 g. Os hospedes:
Tradicionalmente, era obrigatório para o hospede cumprimentar o noivo dizendo-lhe que ele escolheu uma noiva belíssima. Os rabinos ficavam perturbados, porque se essa descrição não podia ser aplicada, isto é se a noiva era feia mesmo, então os hospedes seriam culpados de testemunhas falsas violando a lei de Moisés. Tudo foi resolvido quando esses sábios concluíram que todas as noivas pudessem ser consideradas lindas e nos olhos do noivo dela sempre é a mais belíssima.

h.  Divórcio:   
É raro entre os judeus. Eles dão muito ênfase sobre a unidade da família. Mesmo assim, conforme as leis judaicas se o divórcio for necessário será fácil obte-lo. De fato, o Talmud diz que pode divorciar-se de sua esposa se ela queimar o jantar. Mas continua dizendo que: “Se existe tão pouco entendimento e compreensão entre o casal que uma carne queimada leva tal importância então significa que já exista uma incompatibilidade básica. Na tradição judaica é considerado maior mal criar crianças num lar sem amor de que a necessidade das crianças enfrentarem o divórcio dos seus pais.

 

Chanukah Habbayth :   (Dedicação da casa).

Isto é um costume,  que era observar sempre, mas que hoje em dia está sendo observados por poucos porque hoje muitos já abandonaram. É uma cerimonia pela qual a vida judaica começa num lar. Os recém casados colocam a nezuzah na porta com orações e bençãos pronunciadas.

A Nezuzah : 

É um oramento colocado no batente da porta de acordo com Deuteronômio 11:20, “E escreve-as nos umbrais de tua casa e nas tuas portas”.

As duas primeiras partes de “Shema”  que é Deut. 6:4-6  e 11:13-20. São escritas em Hebraico num pedaço de pergaminho, que então é enrolado e colocado em um recipiente de metal ou de madeira. É posto numa posição inclinada ao lado direito da porta dos lares dos judeus. A palavra  “Shaddai” ; está escrita no outro lado do pergaminho, e a letra “Sheen”  em Hebraico apareça através  da pequena abertura na Nezuzah.  A Nezuzah simboliza a família judaica e a sua lealdade a lei de Deus. Judeus piedosos tocam os sua lábios com o seu dedo e depois a Nezuzah quando entrarem ou saírem da porta.  A Nezuzah tornou-se um símbolo do lar judaico e um sinal da presença de Deus na casa. Infelizmente, a Nezuzah tem se degenerado num mero amuleto. Vejamos  em  Jeremias 31 33; Ezequiel 11:19-20 que desejo de Deus  que o seu povo escrevesse as leis nos seus corações. Um mero amuleto fora da casa nunca pode agradá-lo. 

4) Kashrus (Kosher: A Lei Dietética).

Essas leis são baseadas em Lev. 11. Mas as regras talmúdicas vão muito além  do ensino do Torah. (Como sempre).

1.    Os animais precisam ser matados de uma maneira muito especial.

 

Um especialista, chamado Shochet, que é um profissional, usa uma faca de certa, medida, bem afiada para evitar crueldades e para que o sangue possa drenar ou esgotar mais rápido. Porque conforme o ensino do A.T. não era lícito comer carne que ainda continha sangue. Então, é preciso saturar a carne em água por uma hora e depois por mais meia hora em água salgada.

 

2.    Os dois jogos de louças.

 

Não é permitido comer produtos de leiteria até seis horas depois de comer a carne. Isto é baseado numa interpretação (errônea) de Êxodo23:19 ;  34:26 ;  e Deut. 14:21. É necessário usar um jogo de louças para carne e outro para produtos de leiteria.  

 

Lev. 11. Registra as verdadeiras leis dietéticas que Deus  deu a nação de Israel naquela época.  Os rabinos de hoje acre ditam que essas leis eram  temporárias (com a exceção dos ortodoxos). Foram dadas porque a nação não tinha meios de refrigeração. Quer dizer foi por razões higiênicas. 

 

Qual é nossa  posição como crentes? Somos obrigados a observar Lev. 11? Pessoalmente, creio que os rabinos tem razão para dizer que essas leis foram temporárias. Porque, originalmente, a raça humana não recebeu ordem de recusar comidas.

Essa ordem não veio até depois e como lei foi dada aos Israelitas. Lembrem-se que faz parte da lei mosaica que também era temporária.

No certo sentido Deus estava fazendo lições ao seu povo, lições de objeto. Mostrou-lhes que deviam fazer diferença entre carne Kosher (limpa, pura) a carne treyfah (impura), ou  melhor proibido. A carne kosher representa o que é bom, enquanto a carne treyfah representa o mal.  Infelizmente muitos judeus ficam satisfeitos observando ao pé da letra adicionaram leis que Deus nunca lhes deu.   

Vejamos o que o Senhor Jesus disse aos fariseus (Marcos 7: 1-23) Mostrando-lhes claramente que a impureza da vida não tem nada a ver com a comida. Pode comparar Atos 10:9-10; onde Deus exigiu (numa visão) que o Apóstolo Pedro matasse e comesse animais proibidos antigamente. Foi para ensiná-lo que ele não deveria ficar com preconceitos contra os gentios. O Apostolo Paulo nos ensina em Rom. 14; a atitude que crentes devem manter neste sentimento. Devemos Ter  tolerância com irmãos cujas  convicções são diferentes do que as nossas.  A convicção de Apostolo Paulo era: “Eu sei, e disso estou persuadido no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura !” (Rom. 14:20; I Tim. 4:3-4).

Pois bem. Essa idéia do dois jogos de louças é uma invenção dos rabinos baseado na mal interpretação dos seguintes versos: Exo. 23:19;  34:26; Deut. 14:21). Estes trechos. “Não o cabrito leito da sua própria mãe.”

Os rabinos concluíram que este versículo significa que carne e leite na mesma louça não seria lícito. É meio difícil compreender sua interpretação. Pra mim, o verso simplesmente está dizendo que eu não devo matar um cabrito que ainda está alimentando-se  da sua mãe. Que quer dizer não chegou a idade de ser sacrificado. Ou que seria melhor não cozerá o cabrito no leite da sua própria mãe. Ouviu falado também, que os pagã praticavam cozinhar um cabrito vivo elite da sua mãe ! E a advertência é que o povo Deus nunca pode imitar tal coisa. Seja qual for a interpretação certa, creio que a idéia de dois jogos de louça é longe dela!

5) Bar-Mitzvah  (Filho da Lei o Mandamento)

Estes costumes é observado pelos ortodoxos e conservadores. Quando um menino chegar ao seu décimo terceiro aniversário, é considerado qualificado a ser Bar-Mitzvah.

Desde então é considerado responsável  perante a lei pelos seus atos e pelas suas obrigações religiosas. Nos Sábado (antes ou depois) do seu aniversário, o menino é chamado na sinagoga ao altar para ler um trecho da Torah em hebraico. Conforme a tradição, era necessário para o Bar-Mitzvah. dar um discurso Talmúdico. Hoje  em dia, é apenas necessário afirmar sua intenção de seguir judaísmo e declarar sua intenção de estruturar Torah.Depois da cerimônia na  sinagoga, realiza-se uma festa em casa. O menino receba muitos presentes dos pais e dos parentes e amigos. A origem deste costume é recente. Não passa 600 anos. Originou-se na Europa. Não é Bíblico. Recentemente, nos últimos 20 anos os reformados e alguns conservadores introduziram o  costume de Bar-Mitzvah.  (Filha  de mandamento) mas meninos e meninas fazem sua “confirmação”, quando tiverem 15 ou 16 anos, em grupos.

Netilat Yadayim (Lavagem das mãos).

Judeus piedosos lavem suas mãos várias vezes durante um dia. Lavem-nas ao acordarem, antes e depois das refeições e antes das orações.

Responsabilidades dos Pais.

A Mulher (bath habbayith) é responsável para ascender as velas nos sábados e nas festas. Ela precisa orar e pronunciar bençãos na hora. Ela é responsável também para manter a casa. “kosher”. O pai, (Baal Habbayith) tem responsabilidade principalmente na sinagoga. Mas, também é responsável para a educação da sua família. Deut. 6:4-9.  

6) SÍMBOLOS

Há vários símbolos usados em judaísmo. Seria bom para crentes aprenderem quais são estes símbolos e o significado deles para que pudessem usá-los  como um ponto de contato ou método de aproximação.

 1. A ESTRELA DE DAVI (MÔGEN DAVID).

 

A estrela de Davi talvez seja o símbolo mais conhecido. Ela é usada na Bandeira Nacional de Israel. Também se encontra nas sinagogas. Ë muito comum ver judias usando a estrela na correntinha do pescoço. As vezes, judeus usam a estrela num alfinete de gravata.

 

A estrela tem dois triângulos entrelaçados. Um triângulo aponta para o céu e outro para a terra. Então, é uma estrela de seis pontas.

 

Sua origem é obscura. Um rabino  diz que originou em Europa á 300 anos atrás. Afirma também que não é símbolo sagrado ou religioso apesar da idéia que era o símbolo  no escudo do rei Davi. Tornou-se muito popular na Europa. E os nazistas exigiram que todos os judeus usassem este símbolo como “um emblema de vergonha” . Facilitou a captura dos judeus quando nazistas queriam prende-los . Os judeus não deixaram de usá-los nos seus braços. Para eles era “um símbolo de orgulho” e é até hoje .

 

Mesmo que os rabinos modernos afirmam que a estrela não tem nenhum significado religioso os hebreus cristãos vêem nela um significado muito interessante. Para eles a estrela representa o Deus Triuno e os homens nas suas três partes, corpo, alma e espírito. O triângulo voltado para terra, representa a Trindade pegando há outro triângulo que representa os homens e levando-os para o céu !

 

2. TEFILLIN   (FILACTÉRIOS)

 

Jesus menciona o uso de Tefillin em Mat. 23:1-5. Mas ELE disse que os costumes tornam-se mero símbolos de orgulho dos fariseus.

 

Os Tefillin  consistem em duas caixinhas de cor preta, e de uma ou duas polegadas quadradas com correias de couro segurando-as. As caixinhas contem pedaços de pergaminhos inscritos com versículos de Torah em hebraico.  Os trechos são os seguintes: Exo. 13:1-16 ; Deut. 6:4-9 ; 11:13-23 ; que proclamam a unidade de Deus, Sua providência e a restauração de Israel.

 

Ortodoxos  e Conservadores usam os Tefillin  todos  os dias úteis  nas suas orações de manhã. Não são usados nos sábados.

 

Motivo de Tefillin? Para remover as distrações mundanas quando está preparando-se para orar. O trabalho de colocar as caixinhas no braço esquerdo e na testa exigia concentração.

 

Uma caixinha colocada no braço esquerdo é mais perto do coração simboliza os laços de emoção da sua fé, enquanto a caixinha colocada na testa simboliza a aceitação intelectual  da Palavra de Deus. Um rabino disse que tudo mostra a consagração do nosso coração e das nossas mãos a vontade  de Deus.

3. TALLITH   (SHALE DE ORAÇÃO).

 O shale de oração é usado pelos ortodoxos em obediência a Lei Bíblica. É feito de tecido  de soda ou lã. É branco e azul que são as cores de Israel. O shale ou tallith  tem franjas nos quatros cantos  ou bolas chamadas, “tsitsis” conforme o ensinado Torah. (Números 15:37-40; Deut 22:12). Os judeus usam o Tallith nos cultos da manhã só. Geralmente, o judeu o seu tallith no dia do seu Bar-Mitzvah. Algumas congregações ortodoxas, entretanto, concedem o tallith só no dia do casamento. Originalmente, tallith era um símbolo de distinção, reservado pelos rabinos e escolares ou anciões. Hoje em dia, é símbolo de igualdade. Os judeus piedosos usam o tallith como mortalha e não sepultados nele.

4. YARMULHER  (BOINA).

Os ortodoxos usam o yarmulkeh ou um chapéu sempre e não só durante as orações. O conservadores usam yarmulkeh  só nos atos de adoração. (orações e cultos). Os reformados, geralmente, não usam nos seus cultos. Não é bíblico e sim apenas tradição. Os rabinos tem opiniões diferentes em relação a origem de uso só yarmulkeh . Um diz que originou em tempo antigo simplesmente como proteção contra o sol Jerusalém. Mas o mesmo rabino diz: que arqueologia nos revela o que os judeus antigos não usavam chapéus ou yarmulkeh  quando oravam. Em fim o yarmulkeh  tornou-se um símbolo e reverencia.

Conforme o ensino do N.T. sabemos que é vergonha para homens orar ou pregar com a cabeça coberta e ao contrário para as mulheres. (1 Cor. 11: 1-5). Tradução de 300 anos aproximadamente.